No livro “Comunicação Empresarial a construção da identidade, imagem e reputação” o autor Paul A. Argenti, fala que “A comunicação, mas do que qualquer outro assunto no mundo corporativo, tem implicações para todos em uma organização”.
O Projeto Mulheres de Visão, visa o empoderamento da mulher cega, dando ensinamentos em diversas áreas para que elas tenham domínio e assim possam empreender com segurança e conhecimento.
A comunicação é o ponto chave para um bom empreendedor e saber comunicar é uma arte contínua. Comunicação Inclusa é o tema do módulo que será ministrada nos dias 28 de outubro a 01 de novembro.
O presidente da Escola Comradio e do Instituto Ileve, Iraildon Mota, fala que “A comunicação é transformadora e é transversal. No Projeto Mulheres de Visão o grande desafio é criar empatia na sociedade”, afirmou. Iraildon Mota é jornalista e relações públicas, formado pela Universidade Estadual do Piauí, e será um dos professores do módulo.
O que é comunicação?
O primeiro conceito básico de comunicação é aquilo que gera feedback. Comunicação é um processo que alguém fala através de uma mensagem, atrás de um meio. Dizer alguma coisa e essa mensagem reverbera de tal forma que aja um retorno dessa informação.
O ciclo da comunicação ela vai e volta. Quando ela só vai é uma coisa. Mas, quando há esse retorno, configuramos isso como uma comunicação efetiva. Podendo ser feita de diversas formas. Você pode fazer em quanto matéria jornalística, ou reportagem, debates em uma sala de aula, e redes sociais, buscando sempre a interatividade com quem você está querendo atingir nesse comunicado que quer fazer.
Então, comunicação é ampla, mas em sua essência é aquela que gera retorno, que gera resposta a partir daquilo que você quis comunicar.
Qual a importância da comunicação?
A comunicação assim como a educação ela está em tudo, ela é transversal. Por mais que você faça grandes coisas em empresas ou que aconteça grandes eventos na sociedade, sejam eventos públicos, de tragédias ou sociais se você não comunica você não está efetivamente potencializando aquilo que aconteceu, que pode ser de forma positiva ou negativa.
Mas eu acredito muito que a grande importância, é isso, que nós fazemos na Escola Comradio. Está exatamente na possibilidade que ela possa transforma, melhorando a vida das pessoas. .
Porque quando as ferramentas certas são usadas com os propósitos corretos, alinhados com os objetivos e o público que você quer alcançar as mudanças chegam. E essas mudanças podem ser valorizadas, sendo enaltecidas para o bem.
Se a comunicação não serve para ajudar as pessoas, que isso talvez seja muito radical, ela não servir para muita coisa, a não ser para fins que não sejam tão nobres como esse.
Porque ministrar um módulo de Comunicação para mulheres cegas?
A comunicação é transformadora e é transversal. No Projeto Mulheres de Visão o grande desafio é criar empatia na sociedade. Temos um conjunto de Leis que regula muito bem a acessibilidade do país, no entanto muita gente não cumpre essa lei. E a gente acredita que é por falta de empatia com aquilo.
Quer dizer: são as pessoas se colocarem no lugar dos deficientes visuais, como uma forma geral, para entender qual é aquele mundo. Então, essa distância entre o que está na lei e o que está na sociedade, no senso comum é de entender como é o mundo da pessoa com deficiência. Eu acredito que ela só pode ser resolvida com comunicação.
Por que Lei tem, o que falta é a empatia. E a empatia você precisa gerar mecanismos através de ferramentas e mensagens proativas para que gere esse feedback, essa relação comunicacional.
Então a parte fundamental desse processo de formação das mulheres para serem empreendedoras passa diretamente pelo processo de comunicação. Se entender comunicação a coisa fica mais fácil.
Como funcionará o módulo?
O módulo é divido em três partes. Na primeira parte nós vamos explicar como funciona o processo de comunicação na mídia de uma forma geral.
Como funciona a acessibilidade. Na verdade discutir a acessibilidade nos veículos de comunicação. Se é acessível ou se não é acessível, se é possível ou se não é possível.
Quais os desafios, quais os avanços, quais as ferramentas? Essa é a primeira parte que a gente chama de mais conceitual. Na segunda parte nós vamos trabalhar um cronograma de pauta ligadas à inclusão social.
Pautas para que elas desenvolvam um programa de rádio, podcast para trabalhar algumas temáticas que são mais sensíveis a área de acessibilidade. Temos um processo muito bacana que é: invés de trazer um comunicador para falar dessa realidade, que elas sintam no dia a dia, das dificuldades que elas sentem no dia a dia, elas mesmo vão falar. Isso, já por se só é um processo de transformação.
Ou seja, quem sente na pele, fala do que tá sentindo na pele. Esse é a primeira questão importante no podcast. E a terceira fase são visitas técnicas que serão realizadas no veículo de comunicação para conversar com jornalistas, comunicadores e editores sobre a acessibilidade dos meios.
De posse desse conhecimento de como funciona a mídia e seus desafios na área de acessibilidade, acho que é hora da aproximação com os veículos de comunicação para sentir como funciona lá dentro.
Uma coisa é um professor falar em sala de aula, outra coisa é elas irem em um espaço elas se depararem de como funciona a comunicação. Dentro desse momento a gente volta para a sala de aula para fazer uma avaliação e essa avaliação acontece de duas formas, que é a parte final que é terceiro momento do módulo.
Ela acontece de maneira dialogada a partir do que elas acharam e assim é feito um relatório sobre isso e com o espaço de diálogo, convidando profissionais da mídia para falar desses desafios e oportunidades que a gente tem em relação a mídia.
O que esperar desse módulo?
A grande expectativa é que elas comecem a entender que sem comunicação o projeto perde um pouco da força e do objetivo principal que é criar essa empatia na sociedade com relação com a pessoa com deficiência, essa é a expectativa.
E obviamente dar o direito a elas, porque elas têm esse direito: de falarem sobre suas realidades, desafios diários, sem precisar de mediação. E que tenham coragem para isso. A partir de gravação de vídeo e podcast para que a gente rode em nossas plataformas.
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