Cerca de 520 pessoas estiveram presentes no III Fórum Piauí de Inclusão realizado na última sexta-feira (23/9), no Auditório Serra da Capivara, localizado no Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT-22). O evento, que durou todo o dia, reuniu representantes de empresas e do poder público para discutir acessibilidade e inclusão das Pessoas com Deficiência (PCD) para o mercado de trabalho no Estado do Piauí. Além de palestras, o Fórum promoveu o encontro entre pessoas com deficiência, em busca de emprego, e empresas que necessitam cumprir a cota mínima legal de pessoas com deficiência em seus quadros.
Todas as palestras do evento contaram com a tradução de intérpretes de libras, além de audiodescrição — recurso de acessibilidade que permite que as pessoas com deficiência visual possam assistir e entender o que está ocorrendo no ambiente.
“Outro diferencial foi a própria estrutura que o TRT-22 apresentou no Auditório. Algumas modificações foram feitas e, para validá-las, nós trouxemos membros do Fórum e pessoas com deficiência para testá-las. Para a gente, foi extremamente positivo”, explicou Natália Reis, presidente do Fórum Piauí de Inclusão.
Início da descrição. Pessoas de pé posando para foto. Ao fundo, painel com a marca do Fórum. Fim da descrição. #paratodosverem #imagemparatodosverem
Entre as apresentações, foram discutidos “Os entraves jurídicos e humanos na Inclusão da Pessoa com Deficiência no Trabalho”. A palestra foi ministrada pelo Advogado e Doutor em Direito, Saulo Soares; e pela Advogada Camila Hannah, que é pessoa com deficiência. “O primeiro entrave que enfrentamos é o entrave humano, como somos vistos. Será que a forma com que nós vemos é a mesma que o mundo nos vê? Por isso, eu gostaria de ressaltar o que seria a definição de uma pessoa com deficiência. São pessoas que, em contato com uma ou mais barreiras, possuem dificuldades, em longo prazo, em nível sensorial, físico, intelectual ou mental”, disse a advogada Camila Hannah.
Criado em 2018, este foi o primeiro encontro presencial do Fórum Piauí de Inclusão. Para a juíza do trabalho do TRT-22 e membro do Fórum, Luciane Sobral, o resultado foi extremamente positivo. “Eu vejo esse nosso primeiro encontro presencial como uma oportunidade de mostrar o Fórum ainda, e consolidá-lo como entidade de caráter estadual para que a pessoa com deficiência, ou aquele que presta algum tipo de serviço, possa sentir que tem esse ambiente para recorrer e ter o apoio de que necessita para viabilizar a inclusão”, finalizou.
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