Quando uma mulher cega se encontra com sua própria história, acontece a magia poderosa para vencer os limites. São elementos como estes que constituem a base para desenvolvimento do Projeto Mulheres de Visão. Ao longo de três anos quarenta mulheres terão aulas de empreendedorismo e irão criar negócios de acessibilidade para atender demandas do mercado em diversas áreas. O projeto iniciou em agosto de 2019 e concluir a primeira turma em setembro de 2020. A iniciativa é pioneira e inovadora criada e coordenada pela Escola Comradio e Instituto ILEVE com financiamento da Fundação Interamericana - IAF.
Contexto do Projeto
O Piauí é o segundo Estado brasileiro com maior número de pessoas com deficiência. De acordo com o censo do IBGE de 2010, 17,63% da população possui algum tipo de deficiência, destes 48,1% tem deficiência visual. Aplicando este percentual a população atual do Estado, de 3.140.213, um total de 553.619 pessoas possui algum tipo de deficiência, onde cerca de 265.737 são cegos ou com baixa visão. Uma outra realidade é que 70% dos prédios públicos e de uso coletivo na cidade de Teresina não apresentam rampas de acesso ou banheiros adaptados, segundo informações do Grupo de Trabalho de Acessibilidade do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura, e Agronomia do Piauí (CREA-PI).
Como nasceu o projeto
A partir de uma provocação que o professor Iraildon Mota fez a um grupo de Mulheres Cegas para fazer um programa de Rádio. O objetivo era que as mulheres cegas conversassem sobre os desafios de ser mãe, mulher, esposa, preconceitos, alegrias e tristezas de forma descontraída e educativa. O nome do programa de Rádio era Mulheres de Visão. Após dois anos deste momento, Iraildon Mota resolveu apresentar um projeto à Agência de Fomento do Governo Americano - Fundação Interamericana - IAF com o objetivo de formar mulheres em empreendedoras para que elas pudessem criar negócios de acessibilidade que atendesse demandas do mercado. O projeto foi aprovado com muitos elogios pela inovação e ousadia.
Como vai funcionar o projeto
Na primeira etapa serão ministradas aulas de autoconhecimento, política pública de inclusão, comunicação inclusiva, oratória, negociação, criatividade, empreendedorismo e gestão de negócios. No segundo momento as participantes terão mentores experientes e especializadas na criação e desenvolvimento de negócios. E na última etapa os empreendimentos criados passarão por uma fase de teste para medir a capacidade de gestão das mulheres e a viabilidade do negócio.
Sobre o Coordenador do projeto
Graduado em Comunicação Social: habilitação Jornalismo e Relações Públicas pela Universidade Estadual do Piauí; Pós-graduado em Gestão de Comunicação Corporativa pela Universidade Federal do Piauí; MBA em Gestão de Empresa pela Fundação Getúlio Vargas; Presidente da Escola Técnica de Comunicação Comradio do Brasil; Diretor Executivo da Agência de Comunicação Aliança Brasil Comunicação; Presidente do Instituto ILEVE; Fundador e Ex-Presidente do Instituto Comradio do Brasil; Consultor de Projetos Sociais; Atuação como Relações Públicas da Coordenadoria de Comunicação Social do Estado do Piauí; Professor de Jornalismo e Relações Públicas da Universidade Estadual do Piauí; Experiência na área de Comunicação Organizacional, elaboração e gerenciamento de projetos de comunicação.
Sobre a Escola Comradio
Somos uma Escola Técnica que busca entender os desafios do nosso tempo. Estamos atentos à nossa realidade local e global. Falamos e aprendemos comunicação olhando as mudanças do mundo em nosso entorno. Estas mudanças sempre dizem respeito ao ser humano. São estas conexões alinhadas ao mercado de trabalho e aos projetos sociais de impacto, o que fazem da Comradio uma Escola que aprende e compartilha a comunicação que transforma. São 12 anos de trabalho, mais de 1500 comunicadores certificados e uma vontade enorme de aprender com quem passa por aqui.
Sobre a IAF
A Fundação Interamericana - IAF, é uma agência independente do governo dos Estados Unidos que financia projetos de desenvolvimento realizados por grupos de base e organizações não-governamentais na América Latina e no Caribe. A IAF tem cumprido seu mandato respondendo com o apoio de doações às ideias mais criativas de autoajuda recebidas de grupos de base e organizações não governamentais. Também incentiva parcerias entre organizações comunitárias, empresas e governo local, destinadas a melhorar a qualidade de vida das pessoas de baixa renda e a fortalecer as práticas democráticas.
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