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A vergonha de ser cega foi a força para superar o medo


Denise Santos, participante do projeto Mulheres de Visão
Denise Santos, participante do projeto Mulheres de Visão

"Eu tinha vergonha de sair de casa por ser cega"

O relato foi de Denise Santos (23 anos), durante a primeira aula do Projeto Mulheres de Visão, realizada nesta terça, 20 de agosto, na Escola Comradio.  O projeto vai proporcionar, ao longo de três anos, formações em políticas públicas de inclusão, cooperativismo, comunicação, empreendedorismo social e entrega de planos de negócios direcionados para as demandas de acessibilidade no mercado piauiense.

Denise Santos, participante do projeto, lembra que quando perdeu a visão, aos 10 anos de idade mudou completamente e com isso tinha medo de sair de casa. “Eu tenho uma irmã gêmea e sempre fazia tudo com ela, quando perdi a visão, nesta fase da infância e entrando na adolescência eu tinha vergonha de sair de casa. "Eu perdi muito da minha adolescência por vergonha por conta da minha própria deficiência". Só quando eu passei a me reconhecer, como pessoa com deficiência, comecei a conviver com isso, eu fui saindo do casulo de dentro de casa e hoje eu vejo que perdi muito”, ressaltou.


Participante do projeto Solange, ao fundo banner Mulheres de Visão e da Escola Comradio
Participante do projeto Solange, ao fundo banner Mulheres de Visão e da Escola Comradio

De acordo com @Iraildon_Mota o Projeto provoca uma reflexão na sociedade sobre a inclusão de pessoas com deficiência e as mulheres estão se preparando para serem protagonistas de suas vidas. “Foi muito significativo esse momento inicial. O que a gente percebe é que tem em comum entre elas além da cegueira, é a possibilidade através das histórias delas e do trabalho delas, de entregarem coisas diferenciada para a sociedade mas que funcionem e possam ajudar outras pessoas” afirmou o presidente da @comradiobr e do Instituto ILEVE, Iraildon Mota.

Na primeira fase elas terão aulas de autoconhecimento, política pública de inclusão, comunicação inclusiva, oratória, negociação, criatividade, empreendorismo e gestão de negócios. Na segunda etapa receberão mentorias na criação e desenvolvimento de negócios, que tem como finalidade atender demandas de mercado na área de acessibilidade. No ultimo momento serão desafiadas a implantar suas ideias que passará por uma fase de teste para medir a aptidão de gestão e a viabilidade dos planos. As melhores ações serão transformadas em negócios que comporá o portfólio de serviços ou produtos acessíveis, que começara a ser conduzida pelo núcleo gestor do projeto.

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